Conservação e Consumo
Os queijos envasados em latas metálicas dispensam refrigeração na sua conservação. A validade deles é de cerca de 6 meses. Os fatiados e embalados a vácuo tem uma durabilidade bem mais baixo, de cerca de 3 meses.
O mestre queijeiro Jair Jorge Leandro recomenda os seguintes cuidados para a compra deste queijo:
"- Se a lata estiver aberta e o produto cortado, deve-se procurar os queijos com poucas olhaduras bem formadas, de 2 a 10 mm de diâmetro, o que indica que foram fabricados com leite ótimo;
- Se a lata estiver fechada, deve-se atentar para a data de fabricação. Embora sejo um queijo de longa duração, pode ter sido fabricado há muito tempo, o que resultará em um produto picante;
- Deve-se agitar a lata. O queijo ao bater nas paredes deve produzir um som seco. Se houver sinais de água, rejeita-se o produto: é indício de queijo embalado antes do tempo correto de maturação. Mesmo a película de filme que é utilizada hoje pode denunciar a existência de umidade na lata."
A comercialização do queijo tradicional está 70% concentrada no Nordeste do Brasil. A tradição de consumo desse queijo nessa região muito se deve à invasão de Pernambuco pelos holandeses. Nos estados do Nordeste o maior consumo está nos estados da Bahia e de Pernambuco, principalmente no interior. A produção de Queijo do Reino fabricado com a tecnologia tradicional é destinada principalmente aos estados nordestinos, onde este produto é apreciado na sua forma tradicional, isto é, os consumidores ainda preferem o queijo bem maturado, mais picante, salgado, com cor laranja intenso, mais firme e consistente e com aroma mais pronunciado. Destinam-se a consumo puro, em sanduíches ou em receitas culinárias, especialmente no Nordeste, onde o consumo com estas características cresce nas festas de São João e no Natal.
O consumo do queijo Reino na região Sudeste também é significativo, mas o consumidor desta região prefere um queijo menos maturado, com sabor mais suave, pouco salgado e mais macio. Nos estados da região sudeste a comercialização está concentrada nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, isso se deve em grande parte pela quantidade de imigrantes nordestinos nestas duas cidades.
Assim, as fábricas que destinam produtos para ambas as regiões geográficas, mantém dois processos distinto de fabricação, diferindo um do outro, notadamente, na fase de maturação.