Queijo do Reino
Geral
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História
O primeiro queijo a ser produzido no Brasil, foi o Minas Artesanal, no século XVII. Entretanto, em 1888, o Queijo do Reino foi o primeiro queijo a ser fabricado industrialmente no país.
Tudo iniciou em 1851, quando o pecuarista Carlos Pereira Sá Fortes realizou a primeira importação de gado da raça holandesa para Minas Gerais. Mas precisamente nas encostas da Serra da Mantiqueira, por ser uma região que tinha um clima muito favorável que lembrava o clima europeu.
Com uma maior disponibilidade de leite, resolveu-se produzir queijo com o seu excesso. Em 1880, Sá Fortes importa alguns equipamentos provenientes da Alemanha e da Holanda. Junto, trouxe também dois técnicos holandeses Alberto Boeke e Gaspar Jong. Desta união resultou a fundação, em 1888, da Companhia de Laticínios da Mantiqueira, a primeira fábrica de laticínios do Brasil e da América do Sul, sediada na cidade de Palmyra, hoje município de Santos Dumont. Posteriormente, vieram Jan Kingma, Jan Frerichs e J. Etienne.
Eles começaram a produzir um queijo inspirado no Edam para suprir a demanda pelos queijos vindos da metrópole. Este queijo era baseado no holandês Edam, porém com características distintas do original, pois foram adotadas algumas medidas empregadas no transporte deste queijo até o Brasil.
O Queijo do Reino obteve um rápido sucesso devido à sua qualidade que, por vezes, suplantava até o original holandês. Seu consumo se popularizou entre as classes mais abastadas do país, sendo, hoje em dia, amplamente consumido.
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Origem do Nome
O nome Queijo do Reino, deu-se ao fato de ser o queijo Edam importado da Holanda, via Portugal. No período colonial, todos os produtos que vinham da metrópole eram ditos “do Reino”.
Apesar de ser um produto holandês, e, também, o principal queijo importado nesta época, ele nos chegava através de Portugal. Neste país, eles eram parafinados e embalados em latas metálicas de folha-de-flandres, para suportarem as longas viagens até o Brasil, nos quentes porões dos navios, que duravam em média cerca de 3 meses.
Ele também é conhecido por outros nomes, como Palmyra e Borboleta, suas antigas marcas comerciais mais famosas, e como "Queijo de Cuia", como costuma ser chamado no Nordeste.
Regiões Produtoras
Minas Gerais
A região original de produção deste queijo está situada nas encostas da Serra da Mantiqueira, centrada nos seguintes municípios mineiros:
- Santos Dumont (antiga Palmyra) e Bias Fortes, na microrregião MR-65 de Juiz de Fora, na mesorregião da Zona da Mata;
- Barbacena e Antônio Carlos, na microrregião MR-59 de Barbacena, na mesorregião dos Campos das Vertentes.
Inicialmente, ele era fabricado apenas no município de Santos Dumont, a 839 metros de altitude. Posteriormente, passou também a ser elaborado, em pequenas fábricas, em outros municípios vizinhos.
Esta região nas vizinhanças das mesorregiões da Zona da Mata e do Campo das Vertentes é onde de produz o "verdadeiro" Queijo do Reino, que se consagrou pela excelência dos mesmos. Os queijos produzidos em seus campos possuem uma aptidão para olhaduras naturais, devido à presença de bactérias propiônicas no pasto.
Outros Estados
Durante muito tempo, o Queijo do Reino foi produzido apenas na região da Mantiqueira, em pequenas fábricas. Atualmente, é possível encontrar este queijo sendo fabricado em diferentes regiões e, inclusive, em grandes indústrias.
Estes laticínios, situam-se majoritariamente nos estados da região Sudeste, sendo que cerca de 70% das instalações estão localizadas no estado de Minas Gerais.