Weizenbier/Weissbier

 

  

    O nome Weissbier, “cerveja branca” em alemão, deriva seu nome da nuvem amarelo-esbranquiçada causada pelo trigo maltado claro, do qual ela é feita. Outro nome comum desta cerveja é Weizenbier, “cerveja de trigo” em alemão, por causa da preponderância de malte de trigo do preparo. De acordo com a lei alemã, toda cerveja chamada de Weissbier ou Weizenbier deve ser feita de no mínimo 50% de malte de trigo. Muitas Weissbier bávaras contém 60-70% de malte de trigo. O resto da carga de grãos é geralmente cevada maltada.

    Hefeweizen, literalmente "levedura de trigo", é outro nome para Weissbier ou Weinzenbier. Os alemães preferem chamar a bebida de Weissbier, enquanto os norte-americanos preferem o termo Hefeweizen. A Hefeweizen é, de longe, o mais popular tipo de cerveja de trigo. Esta é uma variedade não filtrada de Weissbier, ficando as leveduras em suspensão, o que dá o seu característico esbranquiçado da fermentação, tornando a bebida levemente turva e com uma aparência ligeiramente opaca.

 

Características

    Uma típica Weissbier / Weizenbier ou Hefeweizen tem um flavor característico, decididamente frutado e fenólico, que as distinguem de suas primas, as cervejas de trigo belgas, é devido ao tipo de leveduras específicas usadas na Baviera. Este flavor é descrito, variavelmente, como lembrando cravo, noz-moscada, defumado e medicinais ou fenólicos, produzidos por fenóis engendradas pela levedura. Outros produtos químicos produzidos pelas leveduras, chamados ésteres, causam flavores de banana, chiclete e baunilha. Por causa da sua complexidade de flavor, elas são apenas levemente lupuladas, ficando, assim, com pouco amargor. A doçura do malte vai de muito baixa para médio-baixa.

    As cervejas alemãs de trigo não levam nenhum outro ingrediente botânico ou especiaria, ao contrario das belgas. Inicialmente, estas cervejas de trigo eram proibidas pela Reinheitsgebot (lei de pureza alemã), que proibia a adição que qualquer coisa que não fosse malte de cevada, lúpulo e água (sendo a fermentação expontânea usada ao invés de leveduras). Esta lei foi relaxada em 1850, permitindo que a cervejaria Schneider usasse trigo.

    Para produzir uma carbonatação extra, muitas Weissbier são também “acondicionadas em garrafa” (flaschenanlage) ou “acondicionadas em tanques” (tankanlage). Esta técnica envolve adicionar cerveja fresca não fermentada à cerveja acabada totalmente fermentada, um pouco antes de envasar em barris ou garrafas. Neste estágio, a cerveja acabada ainda está cheia de células de leveduras em suspensão, que iniciam uma nova fermentação com a adição da cerveja não fermentada. Neste processo, as leveduras convertem a pequena quantidade de açúcar novo em álcool e dióxido de carbono. Como esta fermentação final ocorre em ambiente hermético (garrafa ou barril), o novo dióxido de carbono gerado não escapa. Ao contrario ele é absorvido na solução da cerveja. Esta condição cria a enorme efervescência de uma Weissbier, produzindo, em geral, um creme denso e persistente.

    Ela é especialmente indicada para consumo no verão, por ser bastante refrescante e de moderada graduação alcoólica, apesar do corpo ir de médio a encorpado. Mas, geralmente, ela é fabricada o ano todo. Ela freqüentemente não envelhece bem, sendo melhor apreciada quando jovem e fresca.

    Atualmente, temos no mercado brasileiro: Erdinger Urweisse, Erdinger Weiss, Weihenstephaner Weiss, Franziskaner Weiss, Maisel’s Weisse, Paulaner Weiss, Schneider Weisse Unser Original Tap 7, Lichter Weizen Hell, Justus Weizen Hell, Tucher Helles Weizen, Kaiserdom Weiss, Schwarzbräu Weiss, Oettinger Weiss, etc.

    Parâmetros básicos: 4,3-5,6% álcool em vol.; IBU=8-15 (flavor do lúpulo vai de não perceptível a muito baixo); SRM=2-8 (cor de amarelo-palha ao âmbar).
 

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