Importações Brasileiras de Vinho 2015

18/03/2016 00:00

Baseado no DECEX (orgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), a UVIBRA – União Brasileira de Vitivinicultura elaborou dois quadros, retratando a importação brasileira de vinhos e de espumantes, em 2015. À seguir, apresento uma tabela unificada de vinhos e espumantes, mostrando os volumes importados, por país, no referido ano:

 

País                                      Volume (mil litros)     %

1º Chile                                  36.923,2                     45,1

2º Argentina                           12.955,6                     15,8

3º Portugal                             10.011,8                     12,2

4º Itália                                    9.278,8                     11,3

5º França                                 4.959,0                       6,1

6º Espanha                              3.924,1                       4,8

7º Uruguai                                1.401,3                      1,7

8º Estados Unidos                       793,7                      1,0

9º África do Sul                           763,0                      0,9

10º Austrália                               395,0                      0,5

11º Alemanha                               98,8                       0,1

12º Grécia                                    55,7                       0,07

Outros                                        231,4                       0,3

Total                                      81.791,4

 

Como por ser visto, 60,9% do volume importado de vinhos importados originou-se do Chile e da Argentina. A presença dos vinhos chilenos na pauta de nossas importações, vem crescendo paulatinamente, ano a ano, como por ser visto nessa progressão: 28,6% (2004), 29,3% (2005), 29,9% (2006), 31,0% (2007), 32,4% (2008), 38,1% (2009), 35,2% (2010), 34,4% (2011), 38,2% (2012), 39,3% (2013), 43,8% (2014) e 45,1% (2015). Em contrapartida, a participação dos vinhos argentinos está anualmente em queda, como pode ser visto nessa outra progressão: 28,5% (2004 e 2005), 26,8% (2006), 26,6% (2007 e 2008), 25,0% (2009), 24,0% (2010), 22,8% (2011), 19,6% (2012), 18,6% (2013), 17,5% (2014) e 15,8% (2015). Curioso é que em 2004, Chile e Argentina estavam virtualmente empatados no 1º posto, com 28,6% e 28,5%, respectivamente.

Outra importante análise que pode ser feita, é o fato que o Chile, primeiro colocado (45,1%), tem uma participação ainda maior do que os segundo, terceiro e quarto colocados - Argentina, Portugal e Itália (39,3%). Portugal e Itália, vêm se alternando nas 3ª e 4ª posições, há vários anos. Ao longo destes últimos anos, a França vem aumentado de participação numa taxa menor do que aquela da Espanha, prenunciando que em breve essa última possa assumir o 5º posto.

Houve um ligeiro aumento de 0,7% no volume total importado em relação a 2014 e um incremento de 13,2% em relação a 2013, cujas entradas montaram a 81.227,7 e 72.223,9 mil litros, respectivamente.

Considerando que a produção nacional de vinhos finos (de uvas Vitis vinifera) e espumantes foi de apenas 38.580,2 mil litros (32,1%) e o importado de 81.791,4 mil litros (67,9%), o total geral de vinhos finos e espumantes disponíveis para comercialização, em 2015, foi de 120.371,6 mil litros.


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