Importação Brasileira de Vinhos em 2017
Baseado no DECEX (orgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), o consultor internacional Adão Morellatto, consolidou um quadro retratando a importação brasileira de vinhos e de espumantes, em 2017. À seguir, apresento a tabela unificada de vinhos e espumantes, mostrando os volumes importados, por país, no referido ano:
País Volume (mil litros) %
1º Chile 51.461,4 42,8
2º Argentina 16.052,1 13,3
3º Portugal 15.673,3 13,0
4º Itália 13.547,4 11,3
5º Espanha 7.788,9 6,5
6º França 6.736,7 5,6
7º Uruguai 2.931,9 2,4
8º Estados Unidos 1.147,2 1,0
9º África do Sul 1.123,6 0,9
10º Austrália 327,2 0,3
11º Alemanha 83,3 0,07
Outros 143,7
Total 120.354,3
Como por ser visto, 56,1% do volume importado de vinhos importados originou-se do Chile e da Argentina. A presença dos vinhos chilenos na pauta de nossas importações, vem crescendo paulatinamente, ano a ano, como por ser visto nessa progressão: 28,6% (2004), 29,3% (2005), 29,9% (2006), 31,0% (2007), 32,4% (2008), 38,1% (2009), 35,2% (2010), 34,4% (2011), 38,2% (2012), 39,3% (2013), 43,8% (2014), 45,1% (2015), 47,2% (2016) e 42,8% (2017). Em contrapartida, a participação dos vinhos argentinos está anualmente em queda, como pode ser visto nessa outra progressão: 28,5% (2004 e 2005), 26,8% (2006), 26,6% (2007 e 2008), 25,0% (2009), 24,0% (2010), 22,8% (2011), 19,6% (2012), 18,6% (2013), 17,5% (2014), 15,8% (2015), 15,7% (2016) e 13,3% (2017). Curioso é que em 2004, Chile e Argentina estavam virtualmente empatados no 1º posto, com 28,6% e 28,5%, respectivamente.
Outra importante análise que pode ser feita, é o fato que o Chile, primeiro colocado (42,8%), tem uma participação quase idêntica do que os segundo, terceiro, quarto e quinto colocados juntos - Argentina, Portugal, Itália e Espanha (44,1%). Portugal e Itália, vêm se alternando nas 3ª e 4ª posições, há vários anos. Ao longo destes últimos anos, a França vem aumentado de participação numa taxa menor do que aquela da Espanha, tanto que essa última finalmente assumiu o 5º posto em detrimento daquela.
Houve um sensível aumento de 30,6% no volume total importado em relação a 2016 e um incremento de 47,1% em relação a 2015, cujas entradas montaram a 92.137,7 e 81.791,4 mil litros, respectivamente.